Cidade da Praia, 21 Nov (Inforpress)- O director da Unidade do Millennium Challenge Account Cabo Verde II negou hoje ter mandado fazer uma auditoria à empresa Águas de Santiago, contrariando as informações avançadas pela imprensa.

Hélder Santos considerou “incorrecta” a notícia publicada recentemente pelo online Santiago Magazine, dando conta de que a “má gestão de recursos financeiros e irregularidades na aquisição de bens e serviços terão causado um rombo de quase 40 mil contos na AdS, segundo uma auditoria realizada pelo MCA, principal financiador da empresa”.

“O MCA não é autoridade fiscal, portanto não poderia, porque quem pode mandar fazer auditoria à AdS são os donos da empresa, os municipais ou quem controla os fundos públicos, o Ministério das Fianaças”, esclareceu, em declarações à Inforpress.

O papel do MCA na criação da AdS, segundo o director, foi de apoiar a realização de estudos no âmbito da reforma do sector da água e do saneamento, sobretudo, na criação de um ambiente para a tomada de uma decisão.

Entretanto, explicou que a decisão de criar a empresa foi dos donos, accionistas da empresa, os municípios de Santiago e o Governo.

“Além disso, depois da criação da AdS, como estava previsto no compacto, o MCA apoiou a implementação da empresa, agora aquilo que se passa diariamente na empresa só os seus administradores e os donos poderão responder por isso. O MCA não pode responder sobre isso e nem iniciou uma notícia sobre isso”, disse.

Hélder Santos garante que não foi o MCA a fonte da informação, segundo a qual houve um rombo de 40 mil contos na AdS, pois a única fonte oficial e credível do MCA é o director do MCA II.

“Eu não sou a fonte, de certeza, e nem sei quem é a pessoa indicada como fonte, mas oficialmente a fonte do MCA é a Unidade de Gestão e não fui eu quem deu esta notícia”, esclareceu.

Segundo o online, “antes de se efectivar a queda do Conselho, o próprio MCA já havia manifestado o seu desconforto em relação a esta administração, chegando inclusive a aconselhar o Governo a se desfazer dela”.

Neste sentido, Hélder Santos relembrou que a função do MCA é de gerir os fundos postos à disposição do Governo de Cabo Verde pelo Estados Unidos, através do Millennium Challenge Corporation, por isso, o “MCA não pode ter qualquer tipo de opinião sobre aquilo que passa na administração” da empresa Águas de Santiago.

Em relação à informação de que o Conselho de Administração da Águas de Santiago caiu devido a má gestão, a Inforpress aguarda ainda uma entrevista com o PCA da empresa, José António Pinto Monteiro.

AM/JMV

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